Nascido nos anos 1970 em Belo Horizonte, Roberto Carlo Ramos era o caçula de uma família pobre com muitos filhos. Entregue à Febem (Fundação para o Bem-Estar do Menor) pela mãe, que acreditava que ele teria um futuro melhor ali dentro, acabou tornando-se um fugitivo da instituição. Mas que sobreviveu ao abandono e à violência e, por causa da intervenção de uma pedagoga francesa, Marguerite Duvas (vivida pela atriz Maria de Medeiros), conseguiu estudar e tornar-se, anos depois, um famoso contador de histórias, conhecido internacionalmente.
O direto e cineasta Luiz Villaça acentua que procurou manter um traço essencial da linguagem de Ramos, sua fantasia para narrar episódios de sua vida, mesmo trágicos, como as violências sofridas - e que incluíram espancamentos, prisão em isolamento e até estupro. "Ele usou a fantasia até para poder aceitar essa realidade", acredita.
Hoje, com 43 anos, 13 filhos (adotados em idade tardia, quando ninguém mais se interessa, como faz questão de ressaltar), Roberto vive em Ibirité, é autor de livros infantis e continua a contar histórias em palestras pelo mundo, com o mesmo bom humor. “Estou contribuindo com o melhor que faço para ajudar a mudar a realidade a minha volta.”
No filme, as fantasias do menino são materializadas com o uso de animação e de recursos como música e figurino - como numa cena de assalto a banco em que os ladrões se vestem no estilo do grupo Jackson Five, ao som da música "Sá Marina", na voz de Wilson Simonal, recuperando também o clima dos anos 70.
O filme é bom,tem um grande apelo social,emociona,nos prende e nos faz refletir em vários aspectos em nossa consiencia!
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